
Escribe: Leonardo Parente



La discusión con el dueño de la librería fue la siguiente: yo quería comprar casi todos los libros editados en Brasil de Anthony Burguess (el autor de La Naranja Mecánica) que tenía en su local. Le pedí un descuento, y él me dio tres reales de descuento sobre el valor total. Sentí unas ganas incontrolables de decirle que se metiera el descuento en el culo, pero no lo hice.


Tengo algunos vicios, entre ellos, puedo revelar sin miedo el de los libros y películas. Puedo piratear un DVD, bajar álbumes enteros en MP3 sin ningún dolor de conciencia, pero no puedo hacerlo con libros. Sinceramente creo que el monopolio sobre el arte está fisurado, aunque están quienes gritan en contra.



"Vicios no son crímenes, los vicios son simples errores que un hombre comete al buscar su felicidad individual. Al contrario de los crímenes, no implican una intención criminal relativa a otro, ni un daño relativo a su persona o a sus bienes”, decía Lysander Spooner, abogado del siglo pasado, acerca de esa cuestión absurda de castigar moralmente los vicios ajenos. Todo es vicio, hasta la intensidad que ponés para limpiarte el culo. ¿Para que crucificar los vicios? Hasta los más abominables son perdonables, como ver telenovelas. El mes pasado, el día que revelaban quién era el villano de la novela de las ocho en Globo, muchos “intelectualoides” no salieron de sus casas para saber quien era, con la excusa de que necesitaban analizar antropológicamente el fenómeno o que un periodista necesita ver todo.
Los periodistas siempre tienen algún vicio, y el vicio más grande, mirá bien, no crímen sino vicio, es el de plagiar a otro periodista.
Al final de cuentas, vicios no son crímenes.

Trabaja como asesor de prensa para la Municipalidad de Salvador (Bahia) y Gobierno del Estado de Bahia. Pueden conocer su pasión por el periodista gonzo Hunter S. Thompson en este fotolog.

Jornalistas viciados
* Leonardo Parente
Truman Capote tinha uma forma peculiar de se auto definir, seco e sem nenhum traço de humildade, dizia que era homossexual, drogado e gênio. De fato, ele era tudo isso e ainda era um jornalista cínico e passional. Tinha mania de se dedicar com especial cuidado a fase de captação participativa da sua matéria.
Hunter Thompson escrevia em primeira pessoa, adorava armas, bebia e usava drogas como um louco, foi uma pessoa que escreveu com tanta coerência sobre a sociedade e política do seu país (EUA), que raros foram os jornalistas que chegaram perto dele na minha opinião, na verdade, neste momento não me lembro de um tão bom quanto.
No Brasil admiro alguns profissionais, Luis Carlos Maciel, por exemplo, é quem melhor escreveu sobre os anos 1960 e 1970. Lendo aquela entrevista para o Pasquim até achei Caetano legal , claro que naquela época, falando de uma forma isolada. Descobri Luiz Carlos Maciel por acaso quando o título "Nova Consciência" me chamou a atenção num sebo de um velho escroto no centro de Salvador
A treta com o dono do sebo foi a seguinte, queria comprar quase todos os livros lançados no Brasil de Anthony Burguess (Laranja Mecânica) que estava no sebo dele, pedi um desconto, e ele (o dono), me deu três reais de desconto sobre o valor total. Senti uma incontrolável vontade de mandar ele enfiar o desconto dele no rabo, mas não o fiz.
Só no segundo trimestre li todas as obras de Jon Krakauer, que certamente é o melhor escritor e jornalista de aventura da contemporaneidade, ler No Ar Rarefeito, por exemplo, é visceral, pois você começa a ler, sofre com os caras e finaliza o livro rápido, 300 paginas num sopro. Tudo verdade, relato de quem esteve na ação. De igual valor e dramaticidade, dono de mais de 50 obras, Jack London, nascido nos anos 1800. Li "O Lobo do Mar" todo em cinco dias, li Caninos Brancos também. London que suicido-se aos 40 anos morreu depressivo e fudido.
Tenho alguns vícios, entre eles, posso revelar sem medo o de livros e filmes. Consigo piratear um DVD, baixar álbuns inteiros em MP3 sem nenhuma dor de consciência, mas, não os consigo fazer com livros. Sinceramente acho que monopólio em cima da arte é furada, mais há quem grite contra.
Esse ano está sendo específico para a leitura gonzo e de aventura, num acesso compulsivo como nunca me lembro ter ocorrido já comprei: Na Natureza Selvagem, Sobre Homens e Montanhas, No Ar Rarefeito e Bandeira do Paraíso de J. Krakauer; O Lobo do Mar, Caninos Brancos, Antes de Adão e Escritos Políticos de Jack London, Páginas Ampliadas de Edvaldo Pereira Franco, Os Sertões de Euclides da Cunha, Reino do Medo, Rum (Diário de um bêbado), Screw Jack, Medo e Delírio em Las Vegas e A Grande Caça aos Tubarões do "fodasso" Dr. Hunter S. Thompson, comprei também uma edição de A Sangue Frio de 1980 de Capote e Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis, uma média de 2,12 livros por mês, o que tenho lido mensalmente, todavia, estou escrevendo um livro que terá que se finalizar em novembro.
"Vícios não são crimes, os vícios são simples erros que um homem comete ao buscar a sua felicidade individual. Ao contrário dos crimes, não implicam qualquer intenção criminosa relativa a outrem, nem qualquer dano relativo à sua pessoa ou aos seus bens", já dizia Lysander Spooner, advogado do século retrasado, a cerca dessa coisa absurda de se punir moralmente os vícios alheios. Tudo é vício, até a intensidade que você faz no esfíncter do ânus para cortar a bosta que sai do seu cú. Pra quer crucificar os vícios? Até os mais abomináveis são perdoáveis, como assistir novela. Mês passado, no dia da revelação de quem era o vilão da novela das oito da Globo, muitos "intelectualoides" não saíram de casa pra ver o resultado, sob a justificativa de que precisavam analisar antropologicamente o fenômeno ou que jornalista precisa assistir tudo.
Jornalistas são sempre viciados em algo, e o mais grave vício, veja bem, não crimes, vícios, é de sacanear outro jornalista. Mas afinal de conta, vícios não são crime.
Jornalistas são uma cambada de drogados vagabundos!!! heheh
ResponderEliminarBuen Artículo Leo!
ResponderEliminarUn abrazo de Chile
Pedro
Com certeza mano, vicios não são crime, mas tem quem se acha sem vicios,moralistas safados. Ganja Man, soube que Beto vai morar em Republica Dominicana né?
ResponderEliminarPedro bó, até concordo que a minha classe, a de Leonardo, a de Truman Capote, Hunter Thompson e qualquer outro jornalista, sejam todos, uma cambada de viciados em algum tipo de droga, do cafezinho até aquela mais ilícita. Masssssss vagabundos não, isso não. Jornalista trabalha e muito e não tem a merecida valorização da real importância desta profissão.
ResponderEliminarTexto divino Leonardo, parabéns!
Excelñente articulo
ResponderEliminaramo a capote
Y london fue mi padre comuunista americano
un tipo que firmo todas sus cartas con un"suyo para la revolucion " hasta 1916, año en que muere, muere sin ver la revolucion al año siguiente.
un tipo rarisimo-.
Geniales todos los perdiodistas que nombra nuestro amigo.
Siempre los argentinos nos acordaremos de los nuestros.
Rodolfo Walsh y Osvaldo Soriano a la cabeza, creo.
Barrabasada, muy grato por las palabras. Deseo leer algun de los escritores argentinos. Pedro, Gracias chileno amigo... mi libro esta listo. Abrazo!
ResponderEliminarP. Bó escroto, todo não, alguns, nada mal o seu trabalho heim? O que seria da M. March sem você lá pra não fazer nada e so fumar umzinho? hehe Milena, concordo plenamente com você quando diz que trabalhamos demais, você principalmente é um exemplo.
ResponderEliminarRecorriendo la historia de la literatura, nos encontramos con muchísimas grandes escritores que además fueron periodistas, pero sin duda London y Capote son una especie de representantes ilustres de la alta literatura en el periodismo. Y también coincido con que Rodolfo Walsh y Osvaldo Soriano vienen a ser esos representantes argentinos, al menos del siglo XX.
ResponderEliminarSaludos.
O meu no seu
ResponderEliminare vice-versa.
Que tal?
Visite o Universo Bloguístico
E deixe lá sua dica!
Então Isa, já é hora de dar uma notinha do nosso blog lá no seu!! abraço!
ResponderEliminarDr Hunter is very crazy... Capote es una periodista maricon muy buena. Creo que en poco tienpo va a escribir tan bueno como uno de ellos.
ResponderEliminarLeo, todavia no se escribir muy bien en espanhol, pero escribo. Estoy ahorita en Kingston, pero este año voy a mi casa en London.
Saludos!
todos los años me hago un hueco para agarrar a sangre fria, es el libro que mas he releido, no entiendo, no comprendo, me fascina, me vuelve asesino
ResponderEliminarde thompson he leido muchos reportajes a él, y me parecieron buenos
al otro no lo tenia
saludos
el anterior fui yo
ResponderEliminarno me dieron tiempo a firmar
http://furgoner.blogspot.com/
Furgoner, tengo 2 versiones de Sangue Fria, uno de 1979, otro nuevo.. leea mas Dr Hunter...
ResponderEliminarAbrazos